No tempo das cavernas, as crianças menores que ainda não caçavam, eram enviadas para uma sala da própria caverna para aprender com os mais velhos sua tradição, sua história e bons modos diários na tribo. As crianças conseguiam fazer contas simples pois só tinha ajuda dos dedos dos pés e das mãos. Existia uma memorização determinada de coisas. Até um dia, chega uma nova tecnologia, uma “tecnologia em muitos séculos de invenções”: O Lápis. Depois de muito se falar, dois anciões foram enviados a Grande Caverna para aprender a usar aquela belezura. Se reservou uma sala especial para fazer estudos sobre o lápis. O ancião mais voltado para o futuro começou a planejar e ensinar o Estudo da Capacidade do Lápis. Surgiu o currículo de Lapislogia, depois o LapisLogo, LapisScribe e o LapisSupposer. As crianças mais bem sucedidas poderia ainda entrar no LapisBase. Acabou acontecendo um ato interessante, as crianças começaram a escrever. Começou a existir uma certa preocupação em relação ao aprendizado mecânico das crianças. Havia uma mulher na tribo conhecida pelo seu jeito ousado de viver, que fez uma proposta de usar o lápis em todas as atividades das crianças, como escrever e fazer contas. Não tinha lugar para essa preocupação. Pois, com exceção da mulher, quem iria propô que o belíssimo currículo de Lapislogia fosse tirado da sala especial para substituir pelo aprendizado automático? Por que um lápis deveria ser usado diariamente? Por que alguém iria pensar em eliminar o maravilhoso das salas?
A ideia de laboratório de computador foi uma ideia má, pois era baseado em quatro afirmações falsas em relação ao uso do computador na educação. Uma delas é que o computador é uma entidade por si mesma e teria que ter um “laboratório”, um currículo e um professor especial. Ele é um instrumento, parecido com os outros (lápis, livros e etc) porém muito mais “inteligente”.
Outra afirmação falsa seria que o computador é para ser aprendido como algo em si mesmo. Mas, o que temos que criar é o desenvolvimento de habilidades para usá-lo, assim como para usar o lápis, dirigir um automóvel entre outros. Habilidades para uma melhor utilidade e não para uma especialização. Uma terceira afirmação seria a de ter o computador como auxiliar. O computador é muito caro e muito inteligente para ser usado como reparação de ensino. É um instrumento que domina muitas técnicas ou exibe várias habilidades num mesmo ramo de atividades. A quarta afirmação errônea seria de que o uso efetivo do computador depende da qualidade do software e do courseware usados. Um bom software é importante para um uso positivo do computador, de uma maneira que envolve a criança em um desenvolvimento intelectual. O que é apenas necessário, não uma condição suficiente.
Precisa de mudanças para que o computador se torne cada vez mais um instrumento efetivo e não um acréscimo como fiz o autor no texto. Começando a mudar a sala de aula, para que assim se “misture” ao currículo, e venha a modificar as atividades de aprendizado, transformando comportamento do professor, objetivo de ensino entre outras. Criando assim uma forma inovadora de educar.
O laboratório de computador: uma má idéia, atualmente santificada.
Gavriel Salomon, 1990.
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