domingo, 23 de maio de 2010

Literatura de Cordel ;D

A famigerada "Dança" do Créu.
Autor: Waldeck de Garanhuns

Meus amigos atenção
vamos fazer escarcéu
pois a praga já chegou
mostrando a cara sem véu
a coisa é famigerada
para o mal da garotada
chegou a dança do créu.

Chamar aquilo de dança
chega a ser um sacrilégio
pois dança é coisa divina
e dançar é um privilégio.
Aquilo é um rebolado
safado e mal acabado
um ato de sortilégio.


Tanta obscenidade
sem motivos sem razões
fruto da mediocridade
de imbecis fanfarrões
desprovidos de talento
com pensamento nojento
iludindo as multidões.

Esses falsários da arte
têm que ser abolidos
gravadoras não deviam
gravar esses atrevidos.
Se as rádios não tocassem
televisões não mostrassem
eles seriam banidos.


Mas a mediocridade
não está só em quem faz
a maior parte das rádios
com isso se satisfaz
divulgando a excrescência
que junto com a prepotência
a maledicência traz.

A televisão propaga
dando fama futurista
a qualquer um imbecil
que se arvora de artista
impondo uma ditadura
fazendo a anticultura
em atitude fascista.


Tem TV e Rádio boa
pois nem todas são assim
somente as mercantilistas
divulgam coisa ruim
denegrindo as coisas boas
imbecilizam as pessoas
em um medíocre festim.

Essa praga se espalha
por entre a população
que se influencia fácil
por falta de educação.
Nós temos que educar
nosso povo pra pensar
e ao que ruim dizer um não.


Quem tem má educação
vê e ouve o que não presta,
ainda acha que é bom
e disso faz uma festa.
Por não ter conhecimento
consumir o "excremento"
apenas é o que lhe resta.

Nossa má educação
só nos traz dificuldade,
não se vive por inteiro
só se conhece a metade.
Coisas boas desprezamos
sem perceber mergulhamos
na cruel mediocridade.


Com essa realidade
o povo vive ao léu
em aglomerados loucos,
nem olha mais para o céu!
Perde sensibilidade
e dá oportunidade
para a miséria do créu.

Esse tipo de "arte" faz
muita gente se iludir
porque isso não é arte
só chega pra confundir.
É oriundo do mal
não é intelectual
por isso tem que sumir.


Muita gente pode achar
até que sou radical
porém está enganado
o que eu não gosto é do mal.
A cultura popular
deve se manifestar
mas não de modo banal.

O novo é muito legal
mas quando vem com beleza,
e não de modo obsceno
fomentando a incerteza,
sem ter sentido e sem nexo
banalizando o sexo
desmantelando a pureza.

Eu tenho muita tristeza
quando vejo a criancinha
induzida por adultos
a remexer a bundinha,
em gestos sexuais
medíocres, feios, banais,
com essa dança daninha.

E essa coisa mesquinha
entra em nossas escolas
e em algumas encontra
professores sem cacholas,
que fazem a criançada
dançar a famigerada
remexendo as "rabicholas".


A escola deveria
ser a primeira a barrar
esse tipo de costume
e à criança ensinar
o lado bom da cultura
pra formar na criatura
a lucidez do pensar.

A escola deve ter
a responsabilidade
de afastar nossas crianças
dessa mediocridade.
Combater os maus costumes
e espargir os perfumes
da moral e da verdade.


Atrás dessa improbidade
outras piores virão,
se nós os educadores
não dermos toda atenção,
a fim de realizar
uma mudança sem par
através da educação.

Só se faz uma nação
soberana, em bom estado
com ética e honestidade
povo bem alimentado
escola que ensine bem
saúde por um vintém
e um povo muito educado.


ABLC.COM.BR


segunda-feira, 17 de maio de 2010

De Anísio Teixeira à Cibercultura: Desafios para a Formação de Professores Ontem, Hoje e Amanhã

Anísio Spínola Teixeira (Caetité, 12 de julho de1900Rio de Janeiro, 11 de março de 1971



Marco Silva se baseia nos textos de Anísio Teixeira para tratar da formação de professores.

Anísio tinha uma falta de sossego quando se tratava da formação de professores no seu presente e no futuro, ele prévio com antecedência desafios muito importantes para seu tempo, quando começa a se ampliar os meios de comunicação, do consumo exagerado, do divertimento, da publicidade. Em geral é uma preocupação muito bem colocada, mas pouco realizada em ampliar capitais para formação do professor.
Ainda estamos distantes da formação vista por Anísio. Ainda nos acostumamos com a TV como um auxílio didático, temos atualmente a internet e a pós-modernidade vem trazendo a educação cibercultura (conjunto de técnicas, de práticas, de atitudes, de modos de pensamentos e de valores que se desenvolvem com o crescimennto da internet)
Anísio chamava o professor a passar por cima do seu preconceitos para enfrentar à complexidade social que avistava em seu tempo. Ele percebia como a publicidade globalizava o homem que ainda não estava preparado na sua própria cultura, para derrubada de informações trazidas de todo o mundo.
Ele indicava para a defasagem dos professores ainda longe do perfil indispensável a uma inovadora formação dos estudantes e enfatizava: “ ainda não fizemos em educação o que deveria ser feito para preparar o homem para a época que ele criou e para qual foi arrastado”. O ideal seria formar professores com capacidades de lidar com a dificuldade e a amplitude do seu tempo, para assim encaminha-lo para uma ordem humana. Seria preciso premeditar as inovadoras gerações para saber lidar com a mídia.
O professor não esta sendo preparado para atuar nessa sua nova fase, ou seja, não esta apto para disponibilizar uma educação à altura do seu tempo.

COMENTÁRIO SOBRE O TEXTO MORTE AOS PORTAIS




O autor inicia o texto nomeando os portais como currais e os internautas como bois digitais, onde são obrigados a passar por suas cercas, para em seguida serem presos em suas armadilhas interativas.
A internet fez de todos nós emissores, um exemplo disso seria as páginas pessoais, que são bem diversificadas. Sem elas a internet não seria o que é hoje, trazendo a quantidade de informações que temos atualmente.
André Lemos, crítica ainda quando fala do excesso de informações jogadas pela imprensa, pois não conseguimos digerir todas as informações que ali estão contidas.
“Dizem que tudo existe num Portal, e que não precisamos nos cansar em buscar coisas lá fora. Mas quem define o que é tudo?”
Tudo isso termina se tornando uma prisão eletrônica, logo comparado pelo autor de Portais-currais.
Fica ai a esperança que os bois rebelem-se e conseguintemente quebrem os currais digitais.


ANDRÉ LEMOS
PORTO ALEGRE, JUNHO DE 2000

terça-feira, 11 de maio de 2010

Um breve comentário sobre as discussões dos textos na sala de aula

A discussão em sala foi muito produtiva, tendo como base diversos textos e alguns deles com entrevistas. Sendo percebida uma ligação entre cada texto trabalhado. Todos logicamente focando os assuntos sobre as tecnologias.
Trazendo a questão do (e-gov) que significaria o governo eletrônico ou melhor, governo na internet, um grande exemplo disso seria o site de imposto de renda, entre outros.
Uma das coisas que mais achei interessante foi abordagem no fim da discussão que tratou da utilização do "Skype" ou melhor da "Telefonia pela internet" que facilita a comunicação em qualquer parte do planeta, com um custo baixo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Codinome Beija-Flor

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor (nunca)
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor


CAZUZA ;)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Resumo: O laboratório de computador: uma má idéia atualmente santificada

No tempo das cavernas, as crianças menores que ainda não caçavam, eram enviadas para uma sala da própria caverna para aprender com os mais velhos sua tradição, sua história e bons modos diários na tribo. As crianças conseguiam fazer contas simples pois só tinha ajuda dos dedos dos pés e das mãos. Existia uma memorização determinada de coisas. Até um dia, chega uma nova tecnologia, uma “tecnologia em muitos séculos de invenções”: O Lápis. Depois de muito se falar, dois anciões foram enviados a Grande Caverna para aprender a usar aquela belezura. Se reservou uma sala especial para fazer estudos sobre o lápis. O ancião mais voltado para o futuro começou a planejar e ensinar o Estudo da Capacidade do Lápis. Surgiu o currículo de Lapislogia, depois o LapisLogo, LapisScribe e o LapisSupposer. As crianças mais bem sucedidas poderia ainda entrar no LapisBase. Acabou acontecendo um ato interessante, as crianças começaram a escrever. Começou a existir uma certa preocupação em relação ao aprendizado mecânico das crianças. Havia uma mulher na tribo conhecida pelo seu jeito ousado de viver, que fez uma proposta de usar o lápis em todas as atividades das crianças, como escrever e fazer contas. Não tinha lugar para essa preocupação. Pois, com exceção da mulher, quem iria propô que o belíssimo currículo de Lapislogia fosse tirado da sala especial para substituir pelo aprendizado automático? Por que um lápis deveria ser usado diariamente? Por que alguém iria pensar em eliminar o maravilhoso das salas?
A ideia de laboratório de computador foi uma ideia má, pois era baseado em quatro afirmações falsas em relação ao uso do computador na educação. Uma delas é que o computador é uma entidade por si mesma e teria que ter um “laboratório”, um currículo e um professor especial. Ele é um instrumento, parecido com os outros (lápis, livros e etc) porém muito mais “inteligente”.
Outra afirmação falsa seria que o computador é para ser aprendido como algo em si mesmo. Mas, o que temos que criar é o desenvolvimento de habilidades para usá-lo, assim como para usar o lápis, dirigir um automóvel entre outros. Habilidades para uma melhor utilidade e não para uma especialização. Uma terceira afirmação seria a de ter o computador como auxiliar. O computador é muito caro e muito inteligente para ser usado como reparação de ensino. É um instrumento que domina muitas técnicas ou exibe várias habilidades num mesmo ramo de atividades. A quarta afirmação errônea seria de que o uso efetivo do computador depende da qualidade do software e do courseware usados. Um bom software é importante para um uso positivo do computador, de uma maneira que envolve a criança em um desenvolvimento intelectual. O que é apenas necessário, não uma condição suficiente.
Precisa de mudanças para que o computador se torne cada vez mais um instrumento efetivo e não um acréscimo como fiz o autor no texto. Começando a mudar a sala de aula, para que assim se “misture” ao currículo, e venha a modificar as atividades de aprendizado, transformando comportamento do professor, objetivo de ensino entre outras. Criando assim uma forma inovadora de educar.


O laboratório de computador: uma má idéia, atualmente santificada.
Gavriel Salomon, 1990.